Roupão utilizado pelo Atleta “Chiquinho de Jesus”

 



CONHEÇA A HISTÓRIA
DESTE POLICIAL MILITAR




Jovial, exibindo uma saúde impecável, Francisco Carlos de Jesus nos concedeu a honra de sua visita, em uma manhã fria da capital paulista. Talvez pelo nome completo, não seja possível se lembrar dos feitos deste senhor, que hoje está com 60 anos, mas que nas décadas de 70 e 80 conquistava diversos títulos, no glamoroso mundo do boxe. 
Sim, estamos falando de Chiquinho de Jesus!

Atleta que representou o Brasil em duas Olimpíadas (Montreal em 1976 e Moscou em 1980) e dois Jogos Pan-americanos (México em 1975 e Porto Rico em 1979, obtendo a medalha de bronze). Foram diversas participações esportivas que marcaram a memória dos brasileiros e fizeram do atleta um nome histórico para o boxe no Brasil.
Aos 12 anos de idade Chiquinho de Jesus, que teve sua infância na zona norte de São Paulo, começou a se interessar pelo esporte, pois assistia a lutas na televisão de seu vizinho. Foi quando seu cunhado, percebendo o interesse do menino, o levou até uma academia onde o instrutor era o pai do boxeador Eder Jofre, o senhor Aristides Jofre, conhecido como Kid Jofre, assim, começou a carreira de Chiquinho. 



 

Eder Jofre simula um direto de direita em Chiquinho de Jesus em 29 de março de 2014

 

Sua história como atleta profissional de boxe, caminhou lado a lado com sua carreira na Polícia Militar do Estado de São Paulo. Neto e sobrinho de policiais militares, Chiquinho desejou se tornar policial militar, pois queria ajudar as pessoas, trabalhando pelo social e a possibilidade de salvar vidas lhe trazia grande orgulho. Em 1981, ingressou como Soldado FRANCISCO, já na Escola de Soldados, conquistou o título brasileiro de boxe profissional e pelo grande destaque como atleta, tempos depois, acabou sendo convidado para servir na Escola de Educação Física da Polícia Militar, por onde permaneceu até o ano de 1992, onde teve todo apoio da Polícia Militar para que prosseguisse como atleta profissional. 


Em 1979, sendo cumprimentado pelo presidente João Figueiredo.

Muito determinado, aos 36 anos, após sua bem sucedida carreira esportiva, Chiquinho decidiu se dedicar à carreira de Técnico de Enfermagem, pois acreditava na relação entre o esporte e a área da saúde, seguindo então para o Centro Médico da Polícia Militar, por onde serviu até o ano de 2006, quando finalizou sua carreira militar, como 1º Sargento. Retornando então ao esporte, agora como instrutor de boxe em diversas academias. 
Entre tantos treinamentos e competições, tanto na categoria amadora, quanto na profissional, Chiquinho de Jesus destaca dois grandes momentos de emoção em sua carreira esportiva.



O pugilista Chiquinho de Jesus e Victor Mora, atleta colombiano, antes de sua participação na 58ª Corrida Internacional de São Silvestre de 1982.

A ocasião em que competiu pelo título Sul-Americano em um Estádio na cidade de Jacareí, quando o Oficial no comando do policiamento pelo local, colocou a tropa em forma e apresentou ao atleta, num gesto de incentivo, desejando-lhe boa sorte. Um momento em que seus dois mundos, o do esporte e o da Polícia Militar, se fundiram e ele sentiu a grande responsabilidade de estar representando todo o efetivo policial, como atleta de destaque, o que lhe proporcionou um sentimento de grande honra e satisfação.





O pugilista Chiquinho de Jesus, da categoria meio-médio ligeiro, durante combate contra o pugilista Benedito dos Santos, válida pelo Torneio Forja de Campeões de 1975, promovido pelo jornal A Gazeta Esportiva. (Foto: Gazeta Press)

Outro grande momento que o atleta destaca, foi quando Chiquinho competiu pelo Título Mundial da Categoria Médio Ligeiro (até 69,853 kg), em 1989, em Las Vegas, pois, segundo ele, o sonho de um atleta profissional é competir em um campeonato mundial, campeonato este que teve inclusive, a participação de Mike Tyson, Julio Chavez e Azumah Nelson, atletas super renomados no esporte. Nesta ocasião, Chiquinho lutou com Julian Jackson, pelo cinturão mundial da categoria, seu oponente tinha o hábito de vencer suas lutas, já no 2º round, mas com Chiquinho, a luta durou 8 rounds, faltando muito pouco para que nosso atleta conseguisse o título.

Extremamente reconhecido e respeitado no meio esportivo, Chiquinho de Jesus conduziu a Tocha Olímpica neste domingo (24), houve também um evento no Estádio do Pacaembu, onde nosso Sargento fez questão de ir trajando o uniforme de Educação Física, utilizado por policiais militares que serviram e servem na Escola de Educação Física da Polícia Militar. 



Emocionado, Chiquinho encerra a entrevista contando que sente imensa gratidão pela Polícia Militar, pois as instruções que recebeu foram essenciais para sua vida e uma continuidade da educação que recebeu de sua família, além de ter sido importante na criação de suas 3 filhas, uma vez que todas estudaram no Colégio da Polícia Militar. O atleta se lembra com nostalgia de todos os incentivos que recebeu dentro da instituição, para que continuasse obtendo sucesso como boxeador. Diante de nós, o ambivalente Chiquinho, diz emocionado e cheio de simpatia, que o momento em conduzirá a tocha olímpica, será enfim o momento solene de gratidão. Gratidão por ter tido no boxe e na Polícia Militar uma vida regrada, baseada nos preceitos de Deus, cheia de disciplina e garra, o que lhe proporcionou muitas conquistas e felicidades. 
A Polícia Militar do Estado de São Paulo congratula e agradece ao 1º Sargento FRANCISCO, por ser este exemplo de policial militar, durante todos os anos de carreira e se orgulha do atleta Chiquinho de Jesus, uma riqueza do esporte brasileiro, que merecidamente foi homenageado nas Olimpíadas sediadas em nosso país.

                                                                                                                                                                  

Conquistas e Honrarias

·         1973 - Campeão do Torneio Forja de Campeões

·         1979 - Melhor boxeador do Torneio Latinoamericano de Luna Park, na Argentina. Medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos de 1979.

·         1981 - Vencedor do Torneio Forja de Campeões, promovida pelo jornal A Gazeta Esportiva

·         1981 - Título brasileiro do boxe profissional na categoria de médio ligeiro, após vencer Mario Martiniano.

·         1982 - Cinturão de Campeão do Campeonato Sul-Americano

·         1984 - Sexto lugar no ranking do Conselho Mundial de Boxe (CMB)

 

Competindo nas categorias peso-leve e meio-médio ligeiro, Chiquinho participou de duas Olimpíadas (1976 e 1980).

Segundo o site BoxRec, tem um cartel de 26 vitórias, sendo nove por nocaute, e cinco derrotas. Já como amador, fez 112 lutas, e sofreu apenas 5 derrotas.





























































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